sábado, 1 de junho de 2013

A ARARUTA, um rizoma (espécie de caule diferenciado e quase sempre subterrâneo) de aparência desengonçada e com rico potencial culinário. A araruta é um típico exemplo de produto negligenciado frente à massiva popularização de outros – nesse caso o trigo, cuja farinha, ao longo dos anos, tornou-se quase universal nos lares, restaurantes e na indústria. A araruta é um alimento brasileiro que se encontra em vias de extinção e que vem conquistando mercado garantido entre chefs e amantes da culinária.

Também por isso, a fécula de araruta, por exemplo, é mais cara do que a de mandioca. Isso leva alguns produtores desonestos a vender fécula de mandioca como se fosse de araruta – a primeira, ao contrário da segunda, é rica em amido e rende mais.

Uma ótima particularidade dos derivados da araruta é que NÃO CONTÉM GLÚTEN. Assim, pessoas que sofrem da doença celíaca (intolerância ao glúten) podem se fartar com bolos, biscoitos, mingaus e outros pratos feitos com farinha de araruta.


Adaptado do texto publicado na coluna Comer&Beber do Diário do Nordeste, em 23/4/2010